Citar fontes das informações genealógicas é importantíssimo para nossas pesquisas por vários motivos. Vou destacar dois deles e deixo o que considero fundamental, para o final. A primeira razão, é que as fontes revelam onde (e nos lembram também como e quando) obtivemos as informações. E, apesar de parecer óbvio e obrigatório, nem sempre o fazemos.
Vamos imaginar uma situação que já aconteceu comigo algumas vezes.
Você já está há 10 ou 20 anos colhendo informações da sua árvore genealógica, já acumulou talvez 50, 100 ou até mesmo 500 ancestrais, incluindo os colaterais e suas ramificações. Muitas vezes você vai se deparar com dados que você já havia obtido de determinado antepassado.
Por exemplo, você pode encontrar em fontes diversas (como um documento, um livro, uma carta, ou mesmo a informação verbal de algum parente) a data e o local de nascimento daquele tio-bisavô.
Com animação, você abre os registros da pessoa em questão para armazenar a informação e constata que ela já existe no seu banco de dados, mas com data ou local diferentes. E agora? Qual seria a correta?
O maior problema é que você não se lembra de onde obteve aquele dado inicial e agora não consegue decidir qual das evidências é a mais confiável.
Chego então ao meu ponto: tão importante quanto consultar fontes confiáveis (isso mesmo, no plural) é mantê-las, catalogá-las e armazená-las juntamente com os dados obtidos.
Explico: acompanhada das informações de nascimento daquele ancestral, armazene detalhadamente os dados de todas as fontes que citam este evento.
Em inglês este ato se chama sourcing. Em português não temos uma única palavra para isso e dizemos apenas citar a fonte. Genealogistas profissionais usam padrões específicos para cada tipo de fonte, não é dona Elizabeth Shown Mills?
Ou seja, registros vitais, eclesiásticos, notariais, judiciais, livros, lápides, censos populacionais, diretórios, … cada um tem seu formato. Mas, realmente, às vezes eles são meio difíceis de entender.
Isso não quer dizer que você precise desistir de citar fontes. Se você faz a pesquisa da história da sua família e não é um genealogista, não precisa usar uma notação científica, basta que, no futuro, você saiba exatamente onde encontrou aquela informação. Crie seu próprio formato.
O que é importante armazenar ao citar fontes?
Dependendo da fonte, diferentes informações devem ser armazenadas. Em geral, devemos citar:
- autores (que nem sempre são pessoas, mas pode ser uma instituição),
- título ou nome da fonte,
- local onde está armazenada (se for online é o link; inclua a data de acesso),
- número do documento,
- página onde o documento está localizado,
- outras informações que você julgar necessárias.
É semelhante a uma bibliografia. Tenha em mente que, com a citação da fonte, outra pessoa deve ser capaz de localizá-la.
Se você mantém sua árvore genealógica em um aplicativo ou site, todos eles têm a opção de adicionar fontes para cada indivíduo e evento.
Agora, o segundo motivo pelo qual citar fontes é importante.
A informação que você conseguiu é resultado do trabalho de pessoas e/ou entidades. Levou tempo e dinheiro para obtê-las, analisá-las, verificá-las, editá-las e disponibilizá-las. Nada mais justo e correto que dar o devido crédito aos autores, não é mesmo?
Quais suas experiências com fontes de informações genealógicas? Você costuma guardar os detalhes de onde conseguiu os dados dos seus ancestrais? Este artigo foi útil? Me diga o que gostaria de saber mais. Envie um comentário ou um e-mail.